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Habitação social em Luanda tornou-se “oportunidade de negócio” para promotores

Os promotores imobiliários em Angola estão a redireccionar a oferta para «produtos imobiliários habitacionais para os segmentos de mercado mais baixos».

Segundo o estudo de mercado “Imobiliário Luanda 2009 – Habitação e Escritórios”, desenvolvido pela Proprime – Consultadoria e Avaliação Imobiliária, «a par de ser uma necessidade social, tornou-se uma oportunidade de negócio».

Esta aposta acompanha o potencial de crescimento do país que, a par da estratégia governamental de apoio ao investimento, vê surgir um programa estatal que prevê a construção de «1.000.000 de fogos habitacionais» com o objectivo de «restabelecer um equilíbrio no mercado de baixa e média renda». Para a Proprime, esta «será com certeza uma medida reguladora do mercado e um pólo dinamizador do sector da construção».

Se à adopção de políticas como estas se somar «o facto histórico de a economia angolana ter, em 18 anos, crescido à média de cerca de 10% ao ano, existem razões mais do que suficientes para acreditar no potencial de mercado que existe para todos os operadores imobiliários».

Habitação e Escritórios

O estudo Proprime, que nesta segunda edição contou com um upgrade de informação do portal imobiliário Casa Sapo Angola, apresenta dados sobre o mercado imobiliário habitacional (apartamentos e moradias) e os primeiros dados referentes a Escritórios.

No que respeita ao produto Apartamentos, o estudo estima uma «média de valores unitários por m2 nas zonas analisadas [Ingombotas, Maianga, Luanda Sul, Viana e Camama] de cerca de 4.150 USD/m2», sendo que na zona de Ingombotas foi onde se verificou um valor unitário médio superior – cerca de 5.716 USD/m2.

A zona com os valores mais baixos foi a de Camama, «onde existem apartamentos por valores unitários médios de cerca de 3.050 USD/m2».

No que respeita ao produto Moradias (foram analisadas apenas duas zonas), o estudo conclui que «é em Talatona que o valor unitário médio por m2 de área bruta de construção é mais elevado, podendo atingir os 5.490 USD». Em Benfica verificou-se uma «homogeneidade de valores nas tipologias V3 e v4», situados em cerca de 4.700 USD/m2.

Quando comparados os dados deste estudo com o anterior, «é visível um ajustar de valores, justificado pelo cada vez maior número de profissionais qualificados a intervir no sector e pelo aumento do equilíbrio entre a Oferta e a Procura», lê-se no mesmo estudo.

Quanto aos Escritórios, o estudo revela que este segmento registou nos últimos anos «uma clara subida de valores, fruto da constante procura e pouca oferta».

«Não existe taxa de desocupação, ou seja, todo o espaço é absorvido». Segundo as estimativas da Proprime, «a necessidade de escritórios deverá cifrar-se em cerca de 1.000.000 de m2».

Data: 27-05-2009
Fonte : PROPRIME/Casa Sapo

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